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terça-feira, 24 de maio de 2011

Espírito Santo e Dons Espirituais- Destaques em 1 Coríntios 12 a 14

Abaixo o link do Programa Voz Batista de Pernambuco, que foi ao ar no domingo dia 15 Mai. 2011, que retransmitiu a mensagem que preguei na 38ª Assembléia da Convenção Batista de Pernambuco.
 
A mensagem está aos 24'11''.
 
 
Fraterno abraço,

sábado, 7 de maio de 2011

Esperança no “Rio+20” - Art. J. O Globo 07/05/2011

Recentemente, em visita aos imigrantes tunisianos impedidos de entrar na França, a candidata à Presidência Marine Le Pen disse com toda franqueza: “Vocês não cabem na França”. Alguns anos atrás, declaração como esta seria repudiada por ilógica e imoral. Hoje é aceita como lógica e positiva eleitoralmente. O que mudou desde então foi a constatação de que não há espaço para todos no mesmo padrão de consumo dos ricos, seja da França, do Brasil ou da própria Tunísia. Aliás, a fuga dos tunisianos e demais imigrantes dos países pobres acontece porque os ricos de seus países também pensam como a Sra. Le Pen e empurram seus pobres para o mundo dos ricos no exterior.

Há 200 anos nossa civilização se baseia no casamento de três propósitos: crescimento econômico, justiça social e democracia política. De repente, a percepção da crise ecológica, do aquecimento global, da escassez de recursos, enfim, dos limites ao crescimento econômico ameaçam este casamento. A continuação do crescimento para todos inviabilizará o futuro para onde navega, há 200 anos, a Nossa Barca chamada Terra sob a égide da civilização industrial. Não há espaço para todos consumirem os bens dirigidos aos consumidores de alta e média renda. As projeções mostram que este rumo levará ao naufrágio da Barca. Já se percebe isso pelas crises, não apenas ecológica, mas também financeira e fiscal que imp edem manter o bem estar adquirido por meio de financiamentos e por depredação natural. Esse rumo levará inevitavelmente ao naufrágio da barca da civilização industrial.

Há outras duas alternativas para salvar este rumo. Continuar no mesmo rumo, mas excluindo do barco 2/3 da humanidade. Esta alternativa está representada no filme “2012”, no qual, diante de uma catástrofe ecológica, constroem-se barcas para salvar as pessoas que podem comprar passagens para o limitado número de lugares. O filme é metáfora para o discurso da candidata à Presidência da França.

Há uma terceira alternativa, consiste em mudar o rumo da Barca. Para isso são necessárias mudanças estruturais, ideológicas e até mesmo mentais, nos conceitos, sentimentos e desejos já arraigados no imaginário da população. Seria necessário redefinir o progresso, reorientar o crescimento econômico de bens materiais privados de curta duração, sem consideração ecológica, para bens públicos culturais de longa vida, comprometidos com o equilíbrio ecológico. Seria preciso redefinir também a justiça social porque, neste novo rumo, não se pode manter a ilusão mentirosa de que a renda e o consumo podem crescer sem limite para todos. Alguns dos benefícios conquistados por assalariados, tais como, o automóvel priv ado e a precoce aposentadoria não serão mais viáveis no longo prazo para todos. A própria democracia terá que ser redefinida: sua prática local e de curto prazo terá de ser limitada por decisões internacionais. A democracia não se faria pela vontade própria e soberana dos eleitores de cada país, sem levar em conta a vontade dos vizinhos em toda a Nossa Barca Terra.

Em junho de 2012, durante a reunião “Rio+20”, o mundo terá uma chance rara de buscar o rumo para a Nova Barca, dependendo da representatividade dos Chefes de Estado e Governos que comparecerem, da agenda que será discutida e dos compromissos que serão firmados.

Ninguém tem mais responsabilidade para o êxito ou fracasso desta reunião do que a Presidenta Dilma. Para isso, ela deve usar sua liderança política no sentido de convencer a vinda de líderes mundiais ao Brasil, oferecer infra-estrutura eficiente e liderar a elaboração de uma Carta do Rio ao Mundo, reafirmando que a Nossa Barca é de todos e definindo as linhas para o novo rumo a ser seguido - a construção do desenvolvimento alternativo.

Pena que isso pode não passar de um sonho, porque a população não parece acreditar nos riscos do progresso, nem deseja mudar o rumo da Barca. Além disso, o Brasil parece mais preocupado em saber quem fará mais gols em 2014, quem saltará mais alto em 2016, do que quantos sobreviverão a partir das decisões tomadas em 2012.

Cristovam Buarque é Professor da UnB e senador pelo PDT-DF

terça-feira, 3 de maio de 2011

Geração X, Y, Z, Alpha... O desafio das gerações


É comum que as referências à juventude incluam o idealismo, a força, a determinação e, em alguns casos, a rebeldia que pode se evidenciar no clássico conflito de gerações que vez por outra é referido em sermões, estudos e palestras. O que nem sempre é destacado é que o referido conflito não é simplesmente uma questão cíclica ao longo dos anos, envolvendo pessoas de idades diferentes, que mudarão de posição quando se passarem alguns anos.

No dia 12 de março de 2011, fiz um estudo com o Ministério Baruc (jovens e adolescentes da PIB Mirueira) quando tratamos do tema “O Jovem e as Tecnologias”, na primeira parte tratamos das várias gerações e foi
essa abordagem foi o ponto de partida deste artigo.

O desafio passa pela percepção de que os grupos humanos não apenas se associam por causa da idade, mas, sim, pela forma como aquela geração encara o mundo. É perceber que existe um choque não apenas porque as pessoas têm idades diferentes, mas que elas estão agrupadas pela forma como percebem o mundo e com ele estão conectadas. Há um choque entre diferentes visões de mundo.

Há que se dizer que o Brasil não é o mítico “país do futuro”, o Brasil é o país do presente, e cada brasileiro e brasileira deve dizer a que veio, e não ficar eternamente a espera de um futuro que não chega.

Outro engano é pensar que “o Brasil é um país jovem”. Se no passado isso foi verdade, o ultimo censo indica que a realidade agora é outra: o Brasil está alcançando a maturidade, e as igrejas precisam adequar-se a esse novo contexto.

Nas últimas décadas a humanidade tem sido observada de maneira diferenciada, levando-se em conta a geração à qual pertencem, e como essa geração se relaciona com a sociedade onde está inserida. Essa abordagem, presente entre outras, na área de Recursos Humanos, precisa ser percebida no ambiente religioso, e levada em conta desde quando a Igreja executa seu planejamento estratégico até  a execução das atividades rotineiras.

Conceitos como: “Geração X”, “Geração Y”, “Geração Z” e “Geração Alpha” precisam ser percebidos por aqueles e aquelas que pretendem ser relevantes neste novo século. Não é possível que em pleno século XXI frases como “jovem é tudo igual” continuem a ser repetidas como se não houvesse diferença entre as gerações.

O quadro abaixo ajuda na localização e compreensão do fenômeno das diferentes gerações:
MODALIDADES DE GERAÇÕES[1]
BABY BOOMERS (nascidos entre 1942-62)
CUSPERS (nascidos entre 1963-1964)
GERAÇÃO X (nascidos entre 1965-77 ou 80)
GERAÇÃO Y (nascidos entre 1980-2000)
Geração XY (indíviduos da geração Y que buscam reconhecimento como os da X)
Geração Z (...nascidos entre 90-2009)
Geração Alpha (nascidos a partir de 2010)

Cada uma das gerações tem uma forma peculiar de encarar a vida, perceber o mundo e priorizar as decisões.

Se pretendemos ser relevantes neste tempo, precisamos discernir o movimento das gerações e estarmos conectados as redes de interação.

Se pretendemos ser relevantes neste tempo, precisamos identificar as tendências e discernir as características das gerações existentes, e das que estão por vir.




Publicado em "O Jornal Batista" em 17 de abril de 2011