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sábado, 25 de agosto de 2012

PREGA A PALAVRA – 2 Timóteo 4.1-5


O Apóstolo Paulo recomendou a Timóteo que pregasse a palavra diante do justo juiz, preparado em todo o tempo ministrando com moderação. A recomendação estende-se a todos os cristãos e cristãs.

 

Prega a Palavra

1. NA PRESENÇA DO JUSTO JUIZ v.1
Diariamente somos julgados, e precisamos resgatar a percepção de Deus como Juiz (Sl. 96.13; 98.9; 1 Pd. 4.5, entre outros). Os critérios de Deus são estabelecidos pela sua justiça e fidelidade.

 

Prega a Palavra

2. PREPARADO EM TODO O TEMPO v.2-4
A expressão κήρυξον τον λόγον traduzida por “Que pregues a palavra”, às vezes  é reduzida à evangelização, mas a ideia é mais ampla: “instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.
Para o ministério cristão exige-se preparo (2 Tm. 2.15). Em todo o tempo com ações concretas, alcançando o ensino doutrinário, que não deve ser regulado pelas preferências populares (v. 3, 4), correção e exortação fazem parte do ministério. Vivemos dias em que as pessoas não suportam mais a Sã Doutrina (v.3).

Prega a Palavra
3. CUMPRINDO O MINISTÉRIO COM MODERAÇÃO v. 5
O ensino paulino: 5Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. Está em sintonia com as palavras de Jesus Cristo (Jo. 16.33), e na contramão dos falsos profetas daqueles dias e da atualidade.
A história está repleta de narrativas que revelam os sofrimentos suportados pelos servos de Deus. Os profetas do AT (Lc. 13.34); Estevão (At. 6 e 7); João Crisóstomo; John Huss; e ainda Jean du Bourdel, Matthieu Verneil e Pierre Bourdon, os mártires calvinistas do Brasil[1] que no dia 9 de fevereiro de 1558 foram estrangulados e lançados ao mar.

Apesar dos sofrimentos precisamos cumprir o Ministério que nos foi confiado. Somos enviados a anunciar as boas novas do Evangelho suportando os sofrimentos, em um mundo secularizado, materialista e pluralista, Cumprindo o Ministério com moderação.

Somente pregando a palavra diante de Deus estamos preparados para ministrar em todo o tempo com moderação.

Soli Deo Gloria!

(Artigo publicado no Boletim da Igreja Presbiteriana Memorial, em 26 Ago. 2012)






[1] http://www.mackenzie.br/6999.html acessado em 19 Ago. 2012 às 13h21

sábado, 18 de agosto de 2012

Tempo de Compromissos


No culto de hoje à noite presenciaremos a ordenação de mais um Ministro Presbiteriano, e ele reafirmará sua lealdade à Confissão de Fé de Westminster, aos Catecismos e à Constituição da IPB (CI-IPB Art. 33). Mas, não são apenas os servos ordenados que têm compromissos a assumir, cada cristão e chamado por Deus para uma vida de comprometimento.

Entre os vários compromissos do discípulo de Jesus Cristo, destacamos: orar, contribuir e ir. Estes desafios são cada vez mais atuais.
É tempo de assumir o compromisso de ORAR. É impossível exagerar a importância da oração. Toda atividade ministerial, envolve e requer força sobrenatural, o que só é possível através da oração. A nossa Igreja mantém vários cultos de oração, e cada membro é desafiado a frequentar pelo menos um dos cultos de oração, e na comunhão com os irmãos compartilhar alegrias e tristezas.
É tempo assumir o compromisso de CONTRIBUIR. A manutenção de toda a estrutura eclesiástica, depende da fidelidade nos dízimos e ofertas designadas. A contribuição financeira deve ser fruto de oração e compromisso de cada um dos membros do Corpo de Cristo, que diante de Deus assumem a responsabilidade pessoal financeira na manutenção da Igreja e da expansão missionária. Temos igrejas sendo plantadas no Grande Recife e Sertão, e o avanço missionário depende da nossa fidelidade.
É tempo de assumir o compromisso de IR. A grande comissão narrada nas Escrituras é uma ordem clara e direta dada por Jesus Cristo a todos os seus discípulos e discípulas – ninguém está dispensado. O compromisso de ir é um requerimento diário de testemunho e proclamação que todos precisamos cumprir para sermos obedientes ao Mestre. A quantas pessoas você testemunhou de Jesus esta semana?

Que assumamos compromissos, e nos envolvamos com a edificação de nossa amada Igreja, e com a tarefa evangelizadora do mundo, a começar das comunidades onde estamos inseridos. 

Soli Deo Gloria!

(Publicado no boletim dominical da Igreja Presbiteriana Memorial em 19 Ago. 2012)

sábado, 11 de agosto de 2012

Abba – Pai, a redescoberta


Dia dos Pais... Muita propaganda despertando o consumismo e aquecendo vendas, mas, também é um dia em que muitos pais têm a alegre satisfação de receber carinho e afeto dos filhos.

Há pais que amam e são amados. Recebem atenção, consideração e cuidado dos filhos e filhas, que enxergam em seus genitores o cuidado do Senhor. São filhos e filhas que, por amor, relevam as falhas desses homens que têm seus defeitos, cometeram seus erros, mas também tentaram acertar.

Há pais que experimentam a obediência dos filhos, mandamento do Senhor: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.” (Êxodo 20.12). Honrar pais é questão de obediência. O primeiro mandamento com promessa.

Há pais que se ressentem da falta de atenção dos filhos, que só os enxergam como mantenedores, e quando a situação financeira é invertida, eles são banidos do mundo significativo dos filhos, e vistos apenas como fardos.

Há pais desprezados por não terem educação formal, curso superior, situação financeira estável, ou outros fatores que, embora desejáveis, não são maiores que o amor que deve unir os familiares.

Redescubramos a expressão Abba – Pai: “E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.” (Marcos 14.36). Abba, palavra aramaica antiga que no seu estado enfático significa "pai". Passou ao hebraico, e foi “usado no Talmude Babilônico, identificando uma criança que chama carinhosamente por seu pai.... passou a ser um título honorífico dado aos rabinos... Em 1540 foi utilizada para nomear os padres das igrejas orientais e deu origem às palavras: abade e abadia.[1]
No Novo Testamento, sempre é usada com referência a Deus, imediatamente seguida da tradução grega. Essa dupla expressão era comum entre os primeiros cristãos, como em Marcos 14.36.
O apóstolo Paulo assevera, em Romanos 8.15, que os verdadeiros seguidores de Cristo não são mais escravos deste sistema mundial, mas foram adotados por Deus e gozam da intimidade e privilégio de tratá-lo como "Abba" (papai)”[2].
Precisamos valorizar e honrar os pais. Não somente os biológicos, mas também os pais pelo coração, os pais espirituais. Valorizando os pais redescobriremos a profundidade e o privilégio de chamar a Deus de Pai.

Soli Deo Gloriae!





[1] http://www.abbapress.com.br/quemsomos.asp acessado em 10 Ago. 2012, às 22h47
[2] Informação extraída do site: www.abbapress.com.br

sábado, 4 de agosto de 2012

Fé Vitoriosa - 1 João 5.1-5


O Apóstolo João afirmou que os nascidos de Deus tinham uma fé que vencia o mundo, uma Fé Vitoriosa.

Fé Vitoriosa é:
1.      Fé no Cristo de Deus v.1
Há pessoas que creem e pessoas que não creem em Jesus Cristo, aquele que foi gerado por Deus, gerado não criado, o corpo foi gerado, a pessoa existe desde a eternidade. Este é um tema de grande valor na tradição teológica cristã.

Fé no Cristo de Deus é fé com aqueles que nasceram dele, cristãos gerados pelo novo nascimento. É indiscutível que devemos amar Jesus Cristo, é imprescindível que amemos uns aos outros. Afinal, a fé cristã não é solitária, é solidária. A fé cristã pressupõe vivência comunitária (Hebreus 10.25), e tem endereço certo e delimitado – Jesus Cristo.

Fé Vitoriosa é:
2.      Fé que Obedece aos Mandamentos v. 2, 3
João associa o amor aos filhos de Deus, ao amor a Deus, e a obediência aos mandamentos. O exercício da fé cristã exige a guarda dos mandamentos de Deus, a fé vitoriosa não substitui os mandamentos de Deus por preceitos humanos. Os mandamentos são explicitamente declarados na Bíblia (Êxodo 20.1-17; Mateus 22.36-38; entre outros).

Os Mandamentos de Deus não foram revogados, mas cumpridos por Jesus Cristo (Mateus 5.17), logo, devem ser obedecidos pelos discípulos de Jesus Cristo. Os Mandamentos não são pesados, Deus não exige de nós algo que não possamos fazer, a obediência é possível na dependência do Senhor.

Fé Vitoriosa é:
3.      Fé Que Luta e Vence v. 4,5
Ninguém se engane, o mundo está em guerra contra o nosso Deus, e os seus filhos. Mas a vitória que vence o mundo é a nossa fé. Vence o mundo por que é dom de Deus; e é fé em Jesus Cristo, que venceu a morte, o mal e as trevas.

Jesus Cristo é o nosso exemplo maior, Ele deu-nos exemplo de obediência (Filipenses 2.8). Precisamos exercitar a fé vitoriosa que luta e vence diariamente como nascidos de Deus.

Que Deus nos abençoe!