Outubro é
o mês em que comemoramos a Reforma Religiosa do século XVI, que mudou a Europa
de então, e o mundo, cujo landmark mais famoso foi a afixação das 95 teses na
porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, pelo então monge agostiniano Martinho
Lutero.
Lutero foi
profundamente impactado pela leitura da Bíblia Sagrada, e ao ler Romanos 1.17 “visto
que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O
justo viverá por fé.” A intenção era despertar a Igreja para uma volta
à Bíblia, abandonando as crenças e práticas não cristãs que a haviam
contaminado.
Passados
496 anos, o Cristianismo carece de uma nova Reforma que o leve de volta à
Bíblia. A Confissão de Fé de Westminster ensina: “Todo o conselho de Deus
concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação,
fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser
lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo
algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens;” (CFW,
I.6). Não há lugar para acréscimos oriundos de novas revelações.
A Reforma
Protestante não é apenas uma data comemorativa, mas um marco do que Deus fez, a
partir da vida de homens como Calvino, Lutero, e Knox que não se amoldaram aos
padrões de uma sociedade corrompida pelo pecado, nem a uma Igreja mundana e
carnal.
A melhor
forma de celebrarmos a Reforma é permanecermos fiéis às Escrituras Sagradas,
rejeitando a secularização que bane o sagrado do quotidiano, a pluralização
religiosa que nega a unicidade de Cristo, e o sincretismo religioso que associa
várias crenças em um amálgama onde não há lugar para um Deus Soberano, e onde o
personalismo de “gurus carismáticos” estabelece “as verdades” em detrimento da
Verdade.
Reafirmemos
nossa identidade reformada, nos mantendo fiéis a Deus, à Bíblia, e aos ideais
dos Reformadores.
Soli Deo Gloriæ!
(Publicado no Boletim Dominical da IPM, 27 de Outubro de 2013)