A pergunta sobre o futuro é uma indagação natural a todo ser
racional, que tem a percepção de viver a dimensão temporal. O entendimento do
tempo – passado, presente e futuro – é uma das categorias pelas quais se estuda
a cosmovisão, tão pesquisada nos estudos de Missiologia, dada à sua importância
para o exercício da missão testemunhal de cada cristão, até a volta do Senhor
Jesus.
Há alguns anos atrás, uma das músicas de João Alexandre
perguntava: “Como será o futuro do nosso país?” Os questionamentos nela
contidos permanecem atuais, e as respostas diretamente ligadas à forma como
percebemos o contexto da nossa existência corporal no mundo, e suas interseções
com a cidadania celestial que transcende a esta realidade, sem dela se excluir.
Perspectivar o futuro, diante da grave crise que o país
enfrenta, e do quadro de desolação e desesperança, não prescinde o testemunho
da soberania absoluta de Deus, a denúncia profética das injustiças onde quer
que elas se apresentem, e o anúncio do Evangelho da Graça de Jesus Cristo,
Senhor e Salvador nosso diariamente através de nossas palavras, ações e
atitudes.
O futuro na perspectiva escatológica – doutrina das últimas
coisas – aponta tradicionalmente para a Nova Jerusalém, mas, não podemos
esquecer que o futuro na perspectiva teleológica – finalidade das coisas –
aponta para a manifestação do Reino de Deus, que irrompe na história através do
testemunho da Igreja, que se manifesta no movimento e testemunho dos seus
membros, enquanto encarnação viva do Corpo de Cristo para e neste tempo.
Agosto é o mês de missões na IPB, é o tempo que o Senhor nos
desafia a viver o presente, sem descuidar da lições do passado, e construir o
futuro para a maior glória do nome de Deus, como sujeitos da história.
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