Nestas últimas semanas estivemos
envolvidos em várias celebrações alusivas ao natal, e ao espírito de
fraternidade que se busca resgatar nestes dias, em meio à tensão entre a crise,
com suas implicações econômicas, e a gana de consumismo que caracteriza, nossa
sociedade.
Celebrar o Natal para muitos tem
sido participar de confraternizações onde sobre comida para quem já a tem
fartamente, enquanto outros permanecem famintos, e sem comida diariamente; para
outros, natal é uma oportunidade de demonstrar amor ao próximo, especialmente
os menos favorecidos, através de doações, gestos singelos e ações de inclusão e
acolhida aos que permanecem à margem da sociedade; outros limitam as
comemorações natalinas, a liturgias, esteticamente belas – outras nem tanto –
mas que se restringem aos santuários sem encarnação na vida quotidiana.
A grande questão é que o natal não é
apenas um feriado, ou série de programações. Natal é viver em Cristo, por
Cristo e para Cristo em todo o tempo e lugar. Celebrar o Natal é trazer à
memória da sociedade secularizada a figura histórica de Jesus Cristo, o Deus que
se esvaziou a si mesmo, encarnou, fazendo-se humano, assumindo a forma de
servo, para nos ensinar, com seu exemplo, a sermos humanos em um mundo desumano
que jaz no maligno.
Celebrar o Natal é um desafio
diário, que renasce no olhar de cada criança, independente da faixa etária, que
se descobre dependente do Pai, e que busca compartilhar a vida e a fé com outras
pessoas, na feliz esperança de encontrar irmãos.
Sola Deo Gloriæ!
(Publicado no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial, 20 Dez. 2015)
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