AMANTÍSSIMO,
Que eu possa ler de como teu coração se consumiu por mim na
manjedoura do teu nascimento, no jardim da tua agonia, na cruz do teu
sofrimento, na tumba da tua ressurreição, no céu da tua intercessão.
Encoraja-me com estes pensamentos a desafiar meu adversário,
driblar suas tentações, resistir às suas ciladas, renunciar ao mundo, ser
valente pela verdade.
Aprofunda em mim um senso de meu santo relacionamento
contigo, como noivo espiritual, um mesmo com Javé, amigo dos pecadores.
Penso na tua glória e na minha vileza, tua majestade e minha
maldade, tua beleza e minha deformidade, tua pureza e minha imundícia, tua
justiça e minha iniqüidade.
Amaste-me de forma infinita e imutável, que eu possa te amar
como sou amado; Deste a ti mesmo por mim, que eu possa doar-me a ti; Morreste
por mim, que eu possa viver para ti, a cada instante de meu tempo, a cada
movimento de minha mente, a cada batida de meu coração.
Que eu nunca flerte com o mundo e suas seduções, mas ande ao
teu lado, ouvindo a tua voz, sendo vestido com tuas graças, e adornado com tua
justiça.
Tradução: Márcio Santana
Sobrinho
Extraído de: The Valley of Vision: A Collection of
Puritan Prayers & Devotions, editado por Arthur Bennett, p. 18.
(Publicado no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial, em 04 de
setembro de 2016)