Setembro
é considerado tradicionalmente o mês da Pátria, e é neste mês que a memória
nacional celebra a iniciativa proclamadora do Príncipe D. Pedro, mais tarde
Imperador D. Pedro I do Brasil, e Pedro IV de Portugal (o Libertador, também
chamado de “O Rei Soldado”). Ao lembrarmos desta data não podemos esquecer
outras figuras importantes como o Rei D. João VI, que previu a independência e
instruiu seu filho a proclamá-la quando chegasse a hora; a Princesa D.
Leopoldina (oriunda da poderosa dinastia dos Habsburgos, preparada desde cedo
para as questões de Estado), mais tarde Imperatriz do Brasil, que presidiu a
reunião do Conselho de Ministros que enviou as cartas lidas às margens do
Ipiranga; e José Bonifácio de Andrada e Silva, cognominado Patriarca da
Independência.
A
história do Brasil foi construída por pessoas que no momento certo contribuíram
de forma decisiva para a grandeza do Brasil e se posicionaram como agentes da
história. A eles somos gratos e rendemos nossas homenagens.
Por
outro lado, ao celebrarmos o mês da Pátria, devemos lembrar que nesta terra
somos peregrinos, e que temos uma Pátria Celestial governada pelos Rei dos
Reis, Senhor dos Senhores e General do Exércitos que venceu a morte, o mal e as
trevas e ressuscitou para que tivéssemos vida, e vide plena. Enquanto
aguardamos o glorioso dia quando nos reuniremos para sempre com o Senhor na
Santa Cidade, a Nova Jerusalém, devemos viver como cidadãos de duas pátrias,
sendo bons cidadãos nestas terras do Cruzeiro do Sul, vivendo os valores do
Evangelho de Jesus Cristo, seguindo o Seu exemplo, e testemunhando a mensagem
transformadora de vidas. A exemplo dos discípulos no caminho de Emaús, nossos
olhos devem ser reabertos, ao partirmos o pão e tomarmos o vinho, para
enxergamos os nossos papéis como construtores de esperança em meio a um povo
desesperançado, agentes da história, oferecendo a nosso contribuição para que o
Reino dos Céus seja visto nesta terra, a começar em nossas vidas, famílias, e
Igreja.
Que
neste mês da Pátria promovamos a dignidade humana, ao assumir os deveres da
nossa dupla cidadania.
Soli
Deo Gloriæ!
(Publicado nos Boletins Dominicais das Igrejas: Presbiteriana Memorial (Piedade) e Presbiteriana Memorial de Muribeca, 1º de Setembro de 2019)
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