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domingo, 1 de março de 2009

Reflexões Sobre o Culto Cristão

Dominicalmente, pessoas saem de suas casas para participar de cultos nas igrejas cristãs espalhadas pelo mundo; e algumas dessas pessoas também se reúnem para prestar culto a Deus em outros dias, além dos domingos.

O culto é praticado pelos seres humanos há milênios, desde que a criatura descobriu-se finita e passou a buscar o infinito. Hoje, inclusive dentro do Cristianismo, existem numerosas formas de culto. Alguns o classificam como: tradicional, contemporâneo e renovado. Neste artigo, destacarei algumas características e as partes que compõem o culto cristão, independente do estilo.

O culto, sobretudo o protestante, reformado e evangélico, deve pressupor algumas características:
1. CENTRALIDADE DA PALAVRA – A Bíblia como única regra de fé e prática deve ocupar o centro da adoração na exposição de suas verdades através da pregação. A posição do púlpito no santuário é um testemunho silencioso deste ideal. A centralidade da Palavra reflete-se nas outras partes do culto, quando a biblicidade é critério para seleção das músicas que são cantadas.
2. SIMPLICIDADE – O nosso culto precisa caracterizar-se pela simplicidade, que deve nascer em nossos corações. Não há lugar para ostentação, ou para “animadores de auditório”, nem para a transformação de altares de adoração em “palcos de shows”.
3. RACIONALIDADE & EMOÇÃO – O culto racional é orientação paulina e legado reformado. Cada adorador e adoradora deve entender e conscientemente prestar seu culto a Deus. Transes e descontroles não combinam com o domínio próprio, que é fruto do Espírito Santo. As emoções devem ser expressas sob o crivo da razão, sem excessos, manipulações ou descontrole histérico.

Finalmente, consideremos as partes que caracterizam o culto: ADORAÇÃO, CONFISSÃO, DEDICAÇÃO, PROCLAMAÇÃO, COMUNHÃO. Onde houver um culto cristão, estas partes devem ser identificadas.
1. ADORAÇÃO – adoramos a Deus pelo que Ele é.
2. CONFISSÃO – reconhecemos que somos pecadores e pedimos o perdão do Senhor.
3. DEDICAÇÃO – às vezes chamada de consagração, nessa parte, além da dedicação de vidas, dedicam-se também os bens e o tempo.
4. PROCLAMAÇÃO – também chamada de edificação, é a parte em que a mensagem bíblica é proferida.
5. COMUNHÃO – nesta parte celebra-se a comunhão com Deus, e com o próximo. A Ceia do Senhor é geralmente celebrada nesta hora.

O culto deve ser cuidadosamente preparado pelo Ministério de Música e pelo Ministério Pastoral em oração, sob a orientação do Espírito Santo, visando: Exaltar a Deus, Edificar os santos e Evangelizar os perdidos. Cada uma das partes busca harmonizar-se com as demais, de forma a que seja prestado a Deus um culto: cristão, inteligente, e bíblico.

Soli Deo Gloriæ!

14 comentários:

André Martins. disse...

É UMA PENA QUE NÃO VEMOS ESTAS PRÁTICAS HOJE EM ALGUMAS IGREJAS.
MAS LOUVAMOS A DEUS QUE ATRAVÉS DE ALGUNS SERVOS SEUS, TEMOS TIDO A OPORTUNIDADE DE APRENDER UM POUCO MAIS SOBRE AS VERDADES DO REINO DE DEUS PRA NOSSAS VIDAS.

PR. ALFREDO, EU LOUVO A DEUS POR TER TIDO O PRIVILÉGIO DE TER UM DIA A OPORTUNIDADE DE TER A MINHA VIDA MINISTRADA PELO ESPÍRITO SANTO DE DEUS ATRAVÉS DE SUAS RICAS MENSAGENS!

LOUVADO SEJA DEUS!
PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

ANDRÉ MARTINS. IBBJJ-RECIFE-PE

Alfrêdo Oliveira disse...

É verdade André.

Deus continue a abençoá-lo.

Grande abraço,

Alfrêdo

Jabes Nogueira Filho - pastor disse...

Querido colega,
A adoração e o culto tem sido para mim um dos enfoques mais caros em meu ministério - e por extensão das minhas pesquisas teológicas, inclusive foi tema da minha discertação de Mestrado no Seminário em Recife.
Gostei de sua abordagem, bem direta e simples. Mas como entendo a relevância da questão, deixe-me contribuir com um pouco do que penso ser a essência do culto cristão: Jesus disse que onde estivesse dois ou três ali ele estaria. Creio ser isso o fundamento do culto, não o evento em si, não a liturgia ou forma pré-determinada (ou expontânea), não os elementos simbólicos contidos nas celebrações; mas culto só é quando há verdadeiramente um encontro sagrado entre a criatura e o Criador, quando o Pai responde a oração de "venha o teu Reino".
Sei que há outros ingredientes - e você citou alguns com propriedade - mas culto mesmo é quando e eterno toca o tempo e somos levado a declarar com o o profeta: "Santo! Santo! Santo!" porque a percebemos que a terra está cheia de sua glória.
Fico contente em poder trocar experiências sobre este tema, volto a dizer que é muito caro para mim. Gostaria de continuar refletindo junto com você nesta área, sei que poderemos crescer juntos.
Um abraço.

Alfrêdo Oliveira disse...

Olá Pastor Jabes, obrigado pelo seu comentário e reflexão.

As reflexões neste post, partem do pressuposto de que há culto, e no caso cristão prestado por pessoas.

Grande abraço e prossigamos,

Cyber Sufer disse...

A Paz pastor Alfredo, sou membro da PIB Petrolina, irmão em Cristo da ir. Eliude. Foi realmente um choque pra ela essa perda tremenda.

mas gostaria de comentar sobre este artigo, o que renho visto é muita "mabumca envangelica" nos cultos, claro que em igrejas nao batistas, mas é triste ver que o povo está com a visao distorcida do que é um culto ao Senhor, onde vamos ao seu encontro para principalmente adora-lo e nao para somente receber algo Dele, isso é a consequencia da nossa busca. mas hoje as pessoas nao querem conhecer a Deus profundamente, apenas querem suprir suas necessidades, e por isso os cultos tem se tornado em muitas igrejas formas de receber "sua resposta", as vezes que tenho ministrado sempre menciono isso.
Grande abraco.

Quando puder acesse meu blog www.joelmorais.com.br

Alfrêdo Oliveira disse...

Obrigado pelo comentário Joel, vou visitar seu blog.

Unknown disse...

Concordo, que a Palavra de Deus é a centralidade do culto, mas infelizmente alguns pregadores não têm transmitido o que a Bíblia que dizer. Usando-a de acordo com seus pensamentos pre-concebidos ou pior para seus interesses pessoais. Como se Deus preciza-se de ajuda. Precisamos da Palavra pura, falando o que realmente ela pretende comunicar. Outro ponto devemos lembrar do culto como todo é que o culto é para Deus. Ele que recebe. Se nos beneficiamos é pela graça e misericordia Dele. Deus te abençoe pastor. E agradeço por todo conhecimento e amizade que o senhor tem nos dado na AMESPE. Patricia Diniz

Alfrêdo Oliveira disse...

Obrigado Patrícia.

Unknown disse...

Olá Pastor, aqui é Thiago (Aluno) de Carpina.De fato esse assunto é de extrema relevância e sinceramente estou confuso no que mais tem faltado nas diversas Igrejas brasileiras: se é a centralidade da palavra, a simplicidade (muito em falta) ou o equilíbrio entre racionalidade (não racionalismo) e a emoção no culto. Creio que muitos de nossos cultos possuem mais características de eventos góspel para espectadores do que um momento dedicado a platéia que é exclusivamente Deus (sabendo-se que há um diálogo entre o soberando Deus e seus filhos).Tenho sentido falta da comunhão e confissão no culto. Será que um grande culto, com mais de 100 pessoas, uma vez por semana (cerca de 2 horas), caracteriza-se como um momento de comunhão?Duvido bastante disso. Também, raramente vejo pessoas que chegam a Igreja, e antes de qualquer coisa, oram silenciosamente, pedindo perdão a Deus pelos pecados e condições santas para adorá-lo.De fato, outra reforma é necessária, uma nova volta às Escrituras. Sola Escriptura. Abraço pastor!!! Você é uma Bênção!!!

Unknown disse...

Prof. Alfredo,

Embora eu tenha uma opinião divergente no primeiro ponto, no tocante à centralidade do púlpito, logo entendo o seu ponto de vista, pois anteriormente é enfatizando a denominação batista. Mas isso não desarmoniza a riqueza do texto e nem o foco objetivado, pois o artigo mostra-nos, de forma sucinta e profunda, os principais elementos que são essenciais e indispensáveis no culto cristão. Levando-nos a refletir que essas características litúrgico-bíblicas são inegociáveis e genuínos norteadores do culto cristão, sendo um diferencial dos demais “cultos”.
Por isso o artigo em questão, nos remete a consciência do perigo que corremos quando abrimos mão desses princípios, logo ficamos vulneráveis a inserir elementos heréticos no culto, que nasce, na maioria das vezes, dos nossos desejos e interesses pessoais ou de alguma pedagogia ensinada pelo pragmatismo ou paganismo, e não da vontade de Deus, conforme a sua Palavra. Acredito que esse texto nos suscita a firmar e manter os preceitos bíblicos do culto cristão diante das nossas comunidades, mesmo cônscios de que é uma tarefa desafiadora.

Um grande abraço,

Cláudio Manoel (AMESPE

Unknown disse...

Embora eu tenha uma opinião divergente no primeiro ponto, no tocante à centralidade do púlpito, logo entendo o seu ponto de vista, pois anteriormente é enfatizando a denominação batista. Mas isso não desarmoniza a riqueza do texto e nem o foco objetivado, pois o artigo mostra-nos, de forma sucinta e profunda, os principais elementos que são essenciais e indispensáveis no culto cristão. Levando-nos a refletir que essas características litúrgico-bíblicas são inegociáveis e genuínos norteadores do culto cristão, sendo um diferencial dos demais “cultos”.
Por isso o artigo em questão, nos remete a consciência do perigo que corremos quando abrimos mão desses princípios, logo ficamos vulneráveis a inserir elementos heréticos no culto, que nasce, na maioria das vezes, dos nossos desejos e interesses pessoais ou de alguma pedagogia ensinada pelo pragmatismo ou paganismo, e não da vontade de Deus, conforme a sua Palavra. Acredito que esse texto nos suscita a firmar e manter os preceitos bíblicos do culto cristão diante das nossas comunidades, mesmo cônscios de que é uma tarefa desafiadora.

Um grande abraço,

Cláudio Manoel (AMESPE

Unknown disse...

Pastor Alfredo

Não fui surpreendido com o assunto que se encontra acima, pelo o contrário, fiquei bastante otimista, pois o senhor, falou justamente para nós em sala de aula, o que escreveu. É de estranhar que ainda, alguns cultos não observam com afinidade e respeitabilidade a CENTRALIDADE DA PALAVRA, SIMPLICIDADE e RACIONALIDADE/EMOÇÃO. É bem verdade que as coisas estão se transformando, isso porque com estudos, palestras e artigos como esse, as pessoas tem outra visão do verdadeiro culto ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Miguel Cândido – Aluno da AMESPE – Bacharel em teologia.

tcajado disse...

Pastor Alfredo,

Creio que o tema foi muito bem escolhido e pude observar que muito bem discutido ao decorrer das postagens. Creio que essas "partes" são verdadeiramente os pilares do culto cristão. E, pensando na perspectiva individual poderemos afirmar também que embasam a fé cristã, afinal somos "templos vivos". Sendo assim, podemos ainda refletir que se o culto de nossas igrejas têm se afastado da estrutura ideal, talvez seja porque tenhamos cultivado novos formatos e interesses na vida pessoal.

Abraço caro pastor e amigo!

Cristhenys Diego da Mota disse...

Gostaria de parabeniza-LO pela exelente refleção sobre o culto cristão.

Infelizmente a realidade atual em que nossas igrejas se encontra é outra, por isso devemos estar orando pelas nossas igrejas e lideres, pois perdemos muito a sencibilidade dos culto e em vez de adorar ao Senhor, estamos simplesmente fazendo os cltos de show gospel.

e vergonhoso mais é a nossa realidade, o que fazer? como agir?
essa são algumas de muitas perguntas que precisamos fazer e pedir resposta do Senhor Jesus Cristo.

abraço Alfredo