Em 31 de outubro de 1517, Lutero,
inspirado pela leitura de Romanos e indignado com a venda de indulgências,
afixou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, Alemanha, as 95 teses,
intituladas: Debate para o Esclarecimento do Valor das Indulgências, nas
quais propunha um debate público sobre o tema.
O objetivo era promover uma Reforma que
reaproximasse a Igreja da Bíblia. Naquela época, Leão X, autorizara a venda de
indulgências, assegurando aos compradores o perdão de pecados. Em 1520, Lutero
foi excomungado. Outros reformadores fizeram história: Zwínglio, Calvino e
Knox. Ao celebrarmos os 495 anos da Reforma, identifiquemos os princípios
bíblicos que ela resgatou, e que estão sendo sumariamente negados.
Sola Scripturæ – Negado
quando são buscadas outras revelações, através de profetas, apóstolos, ou mesmo
sonhos.
Sola Gratia – Negado
quando a confiança não é depositada na Graça de Deus, e muitas vezes está em
sacrifícios e requerimentos que o Senhor não estabeleceu
Sola Fide – Negado quando se pensa ganhar favor divino com uma
religiosidade vã, centrada em obras como causa e não consequência da salvação.
Solus Christus – Negado
quando são feitos sacrifícios, em nome de uma religiosidade que na prática despreza
o calvário, e admite outras mediações além de Cristo.
Soli Deo Gloriæ – Negado quando pessoas desejam para si glórias
incentivando os cultos a personalidades.
Eclesiæ reformata, semper reformanda – Negado
quando se vive uma igreja que se esquece, que o reformar-se não significa
inovar, mas sempre retornar às verdades bíblicas.
Que como legítimos herdeiros da Reforma não nos esqueçamos das
nossas origens.
(Publicado no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial, 28 Out. 2012)
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