A família é o primeiro grupo social com o qual
convivemos. Criada por Deus, antes da queda, a família deve oferecer ambiente
apropriado para o desenvolvimento e crescimento de cada pessoa em todas as suas
dimensões.
Devemos buscar cumprir os planos de Deus para as
nossas vidas, e famílias, e essa busca implica em reconhecermos as nossas
limitações, o que nos ajudará a lidar com as limitações dos outros, e juntos,
trabalharmos para a construção de famílias saudáveis, que criem um ambiente
acolhedor para cada pessoa.
Pensando na família como o primeiro grupo social do
qual participamos, percebemos que é através dela que compreendemos as regras
básicas para o convívio social, e onde podemos exercitar a comunhão. Os
conflitos – falta de comunhão – surgem não apenas da diferença de opiniões, mas
também da dificuldade em desempenhar nossos papéis sociais, e aceitar os dos
outros. Se construirmos famílias saudáveis, podemos sonhar com uma sociedade
melhor.
Em uma família saudável aprendemos que diferentes
podem viver em unidade quando marido e mulher administram bem os conflitos, e
assim ensinam grandes lições aos filhos.
Em uma família saudável aprendemos noções de
autoridade e justiça, quando pais educam os filhos com amor ilimitado e
disciplina com limites claros.
Em uma família saudável aprendemos a exercitar
fraternidade, quando nos relacionamos na base do amor e da compreensão.
Em uma família saudável a comunhão é vista não como um
sonho distante e inatingível, mas como uma possibilidade real, que depende do
empenho de cada um dos seus membros para ser alcançada.
Famílias saudáveis vivem em comunhão, não pela
ausência de conflitos, mas por conseguir enfrentá-los exercitando amor que tem
sua fonte inesgotável em Deus, e é suficiente para todas as ocasiões.
Que Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, nos
ajude a viver em comunhão a começar das nossas famílias e Igreja.
Soli Deo Gloriæ!
(Publicado no Boletim Dominical da IPM, 26 de Maio de 2013)
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