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quinta-feira, 19 de março de 2015

A Graça de Dar


cada um oferecerá na proporção
em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR, seu Deus, lhe houver concedido. (Deuteronômio 16.17)

A Igreja mantém suas atividades regulares com os recursos arrecadados através dos dízimos e ofertas alçadas, não dependendo de subvenção estatal, o que por um lado lhe assegura a necessária autonomia para falar profeticamente, e por outro lado cumpre o ensino das Escrituras, onde desde o Antigo Testamento o Senhor orientou seu povo sobre a contribuição financeira.

Em nossos dias a boa fé de muitos é explorada por mercenários, que buscam a construção de patrimônios e impérios pessoais, o que tem causado escândalo na sociedade, e embaraço para as igrejas sérias, que têm a preocupação de tratar o assunto de maneira ética para não serem confundidas. Diante deste cenário, faz-se necessário resgatar o ensino bíblico para o povo de Deus.

As instruções sobre o dízimo antecedem a promulgação do Decálogo no Sinai (Êxodo 20.1-17), e as posteriores regulações rabínicas. O grande exemplo tem sido o nosso pai na fé – Abraão – quando ao chegar à terra da promessa deu o dízimo de tudo (Gênesis 14.20) a Melquisedeque o Rei de Salém, Sacerdote do Deus Altíssimo (Gênesis 14.18).

É necessário resgatar a consciência de que a contribuição financeira não é somente um ato de obediência (Malaquias 3.6-12); mas também um ato volitivo livre, ensino esse consolidado pelo Apóstolo Paulo no Novo Testamento (2 Coríntios 9.7), texto mais conhecido, mas igualmente presente no Antigo Testamento quando Moisés escreveu cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR, seu Deus, lhe houver concedido. (Deuteronômio 16.17), onde destacamos alguns critérios:

(1) Trata-se de um oferecimento – o ato de contribuir é voluntário e nasce de uma disposição interior de ofertar ao Senhor.

(2) Proporção possível – Deus não requer nada que não possamos fazer alegre e amorosamente; a instituição do dízimo é isonômica para todos – ricos e pobres – sem distinção. Dez por cento é sempre dez por cento.

(3) Segundo a bênção de Deus – Moisés acrescenta um detalhe: nossa contribuição reflete a percepção que temos da bênção do Senhor sobre nós. Alguém já perguntou: como seria a nossa vida se Deus nos desse dez vezes mais do que temos ofertado a Ele? Esta pergunta alcança todas as áreas da vida e não apenas a financeira.

Encaremos a entrega dos dízimos e ofertas, como uma graça e uma oportunidade de sermos partícipes da manutenção do seu Reino aqui na Terra. Os fariseus se atinham aos dez por cento, Moisés e Paulo foram além, e ambos estavam em sintonia com o Senhor Jesus Cristo quando disse: Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. (Mateus 5.20).

Louvamos a Deus que tem abençoado nossa Igreja com um grupo de dizimistas fiéis – pessoas de todas as idades – que em amor, obediência e voluntariedade tem contribuído regularmente para que mantenhamos nossas atividades na Região Metropolitana do Recife e no Sertão. São pessoas que se reconhecem como alvo da bênção de Deus, e fazem valer em suas vidas a oração do Rei Davi quando disse: Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos. (Crônicas 29. 14).

Que o Senhor nos conceda a bênção de crescermos a cada dia na graça de dar.

cada um oferecerá na proporção em que possa dar, segundo a bênção que o SENHOR, seu Deus, lhe houver concedido. (Deuteronômio 16.17)

Soli DeoGloriæ!


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