O Cristianismo aponta um caminho que ultrapassa a realidade
temporal e imanente e alcança a dimensão eterna e transcendente, pois lida com
coisas espirituais. Ao vivenciar a realidade espiritual, somos desafiados a
viver em novidade de vida diariamente. O Cristianismo não nos isenta da vida
mundana (neste mundo), mas desafia-nos a vivê-la como Jesus Cristo a viveria se
vivesse em nossos dias, o parâmetro comportamental pode ser encontrado no
registro dos Evangelhos.
Cristianismo e Cidadania não são temas auto excludentes, ou
concorrentes, mas complementares. Cada cristão e cristã, no exercício diário da
fé, deve tornar-se um cidadão exemplar, no cumprimento das leis justas, e na
construção da consciência cidadã de cada ser humano. Quando as leis forem injustas,
ou contrariarem princípios bíblicos, compete-nos discuti-las e apresentar
alternativas.
No Brasil dispomos de instrumentos para uso dos cidadãos,
como: o Código de Defesa do Consumidor, o Código Civil, o Estatuto da Criança e
do Adolescente, a Constituição Federal, as eleições, e as várias formas de
expressão. Devemos nos familiarizar com estes instrumentos de cidadania, e
ajudar as pessoas a cumprirem seus deveres e desfrutar dos seus direitos civis.
Uma das grandes verdades do Cristianismo é que cada cristão
e cristã é cidadão de duas pátrias: a terrena e a celestial. Somos cidadãos e
cidadãs do Reino de Deus, mas não podemos esquecer que o testemunho cristão
autêntico passa pelo exercício da nossa cidadania neste mundo. Não podemos ser
alienígenas em nossa terra.
Soli Deo Gloriæ!
(Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial, 19 de
abril de 2015)
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