A vida é uma sucessão de buscas, e
estabelecer prioridades é um desafio que nem todos desenvolvem com sabedoria.
Aquilo que se busca revela os interesses e prioridades de cada um. Não poucas
vezes, constata-se posturas incongruentes, quando o que se diz prioritário, não
é buscado em primeiro lugar.
Temos o privilégio de sermos cidadãos do
Reino dos Céus – que na literatura joanina é
chamado de vida eterna –, e o desafio de exercitar esta cidadania como
cidadãos desta terra. Na vivência desta dicotomia, por vezes negligenciamos o
que há de mais importante, a saber, a cidadania do Reino dos Céus.
No primeiro Evangelho lemos:
33buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua
justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6.33
O fato é, que por vezes, nos embaraçamos com
os negócios desta terra e não buscamos o Reino dos Céus em primeiro lugar (2 Timóteo 2.4), e nos perdemos na
busca de todas as outras coisas atraindo a sentença proclamada pelo Profeta (Jeremias 48.10).
Como está a sua vida? Você busca o Reino dos
Céus em primeiro lugar, ou está se embaraçando com os negócios desta vida?
Buscar o Reino dos Céus em primeiro lugar é
priorizá-lo, o que só acontece quando servimos ao Senhor integralmente com todo
o coração, toda a alma, todo o entendimento, e atendemos às demandas do próximo
como gostaríamos que as nossas fossem atendidas (Mateus 22.37-39). Priorizamos o que amamos.
Em que pese a subjetividade de cada um,
sinalizamos diariamente o que consideramos importante, por exemplo a forma como
lidamos com o tempo.
Atividades da Igreja, programações familiares,
trabalho, atividades acadêmicas e lazer são exemplos de como gastamos,
investimos ou perdemos o nosso tempo. Frequência e pontualidade estão
associados.
Como seria sua vida acadêmica se tratada como
a EBD e os PG’s? Qual seria o rendimento escolar dos seus filhos se a escola
secular recebesse a atenção dispensada à Escola Bíblica Dominical?
Qual seria seu rendimento laboral, e conceito
como profissional, se os compromissos seculares fossem encarados como as Santas
Convocações para os Cultos Dominicais? Ou, as reuniões departamentais e ensaios
com os quais você se comprometeu?
Sobre o Dia do Senhor a Bíblia ordena:
Lembra-te do dia
de sábado, para o santificar.
Seis dias
trabalharás e farás toda a obra.
Mas o sétimo dia é
o sábado do Senhor, teu Deus; não
farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
animal,
nem o forasteiro
das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o
que neles há e,
ao sétimo dia,
descansou; por isso o Senhor
abençoou o dia de sábado e o santificou.
Êxodo 20.8-11.
A guarda do Santo Dia do Senhor,
Sábado-Descanso, não pode ser negligenciada como mandamento que é. Deixar de
guarda-lo é tão pecado quanto matar ou adulterar. Os Catecismos de Westminster,
símbolos de fé de nossa Igreja, detalham sobre a guarda dos mandamentos.
Vivemos dias em que as pessoas correm de um
lado para outro atrás do sucesso profissional, acadêmico, empresarial, ou mesmo
a realização de um sonho pessoal. Os dias são maus, nesta terra, somos
peregrinos e estamos nos preparando para a eternidade com o Senhor. Para tanto,
devemos obedecê-lo, e essa obediência passa invariavelmente pela forma como
lidamos com o tempo. Que o Senhor nos ajude a priorizar o que, de fato, é importante.
Soli Deo Gloriæ!
(Publicado
no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial, em 10 de Setembro de
2017)
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