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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Famílias Saudáveis – Igreja Saudável




Estamos há uma semana das celebrações dos 24 anos da nossa Igreja, e há um ano do Jubileu de Prata. Nestas últimas semanas, fomos desafiados por sermões bíblicos que buscaram nos fortalecer no Senhor e na força do Seu poder.

Neste editorial enfocamos o tema Famílias Saudáveis – Igreja Saudável. Estamos convictos de que a saúde da Igreja está indissoluvelmente associada à saúde das famílias que a compõem. E, para que as famílias estejam saudáveis, cada um de seus membros deve desempenhar os papéis definidos por Deus em Sua Palavra, e não de acordo com sua vontade pessoal, ou com os modismos desta sociedade secularizada da alta modernidade.

Na atualidade, pessoas, conscientemente, trilham caminhos estranhos aos princípios bíblicos. Entre nós não pode ser assim! A vontade do Senhor para nossas famílias precisa ser o elemento central em todos os momentos e decisões da vida. Pessoas saudáveis, famílias saudáveis, Igreja saudável! Em nossa Escola Dominical temos uma classe especial para casados, e cada casal deve buscar frequentá-la para fortalecer sua família e a nossa Igreja.

Para que pessoas sirvam nas classes, Sociedades, Pequenos Grupos, Departamentos, ou o oficialato, é pré-requisito que cada um desempenhe bem o seu papel na família, e as famílias estruturadas darão suporte e apoio aos seus membros. Não podemos esquecer aquela frase que diz: “nenhum sucesso na vida compensa o fracasso na família”. Por vezes, o ativismo religioso é usado como álibi para negligenciar a família. Entre nós não pode ser assim.

Que Deus nos abençoe e ajude na construção de famílias saudáveis, para que tenhamos uma Igreja saudável e forte rumo ao Jubileu.

Soli Deo Gloriæ!


(Publicado no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial, 26 de Junho de 2016)

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Pão e Circo 3


Prosseguindo a série de reflexões iniciadas no editorial do domingo 05/06/2016, sob a temática do panem et circenses – pão e circo – constatamos que parte do povo brasileiro ainda parece hibernar em uma sociedade onde falta pão e sobra circo.

Falta pão porque alimentos escassos na mesa, têm preços nas alturas fazendo com que o povo não se alimente adequadamente, ou mesmo passe fome com o aumento da pobreza e da miséria. Falta pão porque o desemprego cresce, derrubando os índices sociais e de desenvolvimento humano, enquanto o Estado deixa de cumprir seus deveres, e as verbas públicas escoam nos ralos da corrupção.

Sobra circo, porque o brasileiro celebra a tocha olímpica (que na Grécia antiga comemorava o roubo do fogo do deus grego Zeus por Prometeus); discute os “clássicos” do futebol; gasta fortunas em festas como o carnaval; deixando-se embalar por eventos esportivos milionários que funcionam como uma espécie de ópio que anestesia a consciência de uma nação que parece ter se acostumado com o cenário surrealista em que vive.

A prática esportiva é válida enquanto benéfica para a saúde, e atividade lúdica, não devendo se constituir em elemento alienante, ou instrumento de manipulação das massas ou oportunidade para desvio de verbas.

Sobra circo quando um povo ignorante das Escrituras Sagradas, em um ambiente religiosamente sincrético, se ilude com expressões pseudo religiosas que mercantilizam a fé, e endeusam personalidades consolidadas no merchandising das marcas, embaladas por palestras de autoajuda, sem perceber que o Eterno Deus se revelou em Sua Santa Palavra e à Escritura nada se acrescentará. “Profetadas” e “apostolices” ofendem a Deus, bem como, quando púlpitos são usados como plataformas de propagação de ideologias, e a genuína Mensagem Bíblica é negligenciada.

Que Deus tenha misericórdia do Brasil, e que a Igreja anuncie e testemunhe profeticamente o Evangelho da Paz e da Justiça.

Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene. Amós 5.24

Soli Deo Gloriæ!



(Publicado no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial em 19 de junho de 2016)

domingo, 12 de junho de 2016

Pão e Circo 2


Dando prosseguimento à reflexão publicada no editorial do domingo passado, nos deparamos com a realidade de que o Brasil sofre uma das maiores crises da sua história, onde os que deveriam zelar pela coisa pública, dela se locupletam despudoradamente, como protagonistas de escândalos que maculam a república. Suspeitos, investigados, indiciados, réus e condenados formam um bloco suprapartidário que milita em causa própria, sem preocupar-se com o país que afunda em um mar de lama e corrupção.

Neste momento crítico e grave da nossa pátria, é mister que cada brasileiro assuma o seu papel como cidadão consciente, que atenta para seus direitos e deveres, buscando usufruir os seus direitos e cumprir os seus deveres. É preciso obedecer e fazer cumprir as leis do país, começando na rotina pessoal. Corrupção é corrupção independente de quem sejam os corruptos e corruptores. Valores éticos, morais ou financeiros não se negociam. É preciso cuidado com o maniqueísmo doentio e perverso presente em vários discursos, semeando o ódio entre as pessoas, rasgando a alma pátria, instigando a luta entre brasileiros, partindo do campo ideológico, querendo abarcar outras esferas à medida em que cultiva a visão maniqueísta do “nós” versus “eles”.

Não importa se o envolvido é Chico ou Francisco, alguém que desfrute da nossa intimidade, ou mais distante, a justiça deve ser aplicada para todos. Não podemos sucumbir a partidarismos apaixonados que cegam para a realidade, ao encara-la de forma parcial; não há espaço para a defesa cega de ideologias nefastas, que conduziram nações à ruína.Neste tempo a Igreja não pode se deixar iludir, deve olhar a realidade à luz dos valores do Evangelho do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, da sensibilidade social dos profetas da antiga Aliança, da imutável Lei de Deus, e do exemplo dos reformadores, que apontavam para os pecados tanto na esfera particular quanto pública.

Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene. Amós 5.24
Soli DeoGloriæ!

(Publicado no Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial em 12 de Junho de 2016)


sexta-feira, 3 de junho de 2016

PÃO E CIRCO



Na antiga Roma a política do panem et circenses – pão e circo – foi adotada, para manter as classes menos favorecidas desconectadas da política, e alienadas da realidade social em que uma minoria enriquecia enquanto a maioria permanecia na pobreza. Esta política consistia na distribuição de trigo gratuitamente, ou a preços baixos, e na construção de arenas onde o povo era distraído com as corridas de bigas e quadrigas, e com os sangrentos combates entre gladiadores.
Quando se diz que tal política está sendo praticada, alude-se à alienação de um povo e o desempoderamento do papel de sujeito de sua história.
O Brasil sofre uma das maiores crises da sua história, onde os que deveriam zelar pela coisa pública, dela se locupletam despudoradamente, como protagonistas de escândalos que maculam a república. Suspeitos, investigados, indiciados, réus e condenados formam um bloco suprapartidário que milita em causa própria, sem preocupar-se com o país que afunda em um mar de lama e corrupção.
Diante deste cenário, parte do povo brasileiro ainda parece hibernar em uma sociedade onde falta pão e sobra circo.
Falta pão porque os alimentos escassos na mesa do povo, têm preços nas alturas.Sobra circo, porque o brasileiro festeiro, celebra a tocha olímpica (que na Grécia antiga comemorava o roubo do fogo do deus grego Zeus por Prometeus); passa horas discutindo os “clássicos” do futebol; gasta fortunas em festas como o carnaval; e ainda se ilude com expressões pseudo religiosas que mercantilizam a fé, e endeusam personalidades consolidadas no merchandising das marcas, embaladas por palestras motivacionais e de autoajuda, que matam igrejas ao usurpar o lugar da Mensagem Bíblica Expositiva.
O momento é grave! Não estamos somente diante de um debate ideológico – que tem sua importância, pois há ideologias perversas e anticristãs – estamos diante em um momento histórico em que a voz da Igreja precisa ecoar a voz do profeta vaqueiro (Am. 7.14) quando sentenciou:
Antes, corra o juízo como as águas;
e a justiça, como ribeiro perene.
Amós 5.24
Soli DeoGloriæ!


(Editorial da capa do Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial,
05 de Junho de 2016)