Nesta semana a sociedade comemorará o dia das crianças, data
em que o “deus mercado” impõe seu culto consumista às famílias em uma sociedade
hedonista e permissiva, onde crianças não são educadas, nem tratadas, como
crianças, e muitas vezes tornam-se pequenos tiranos nos reinos domésticos.
As famílias da aliança devem relembrar que têm uma grande
responsabilidade diante do Senhor, com as crianças que lhe são confiadas.
As Escrituras afirmam:
Gênesis 17.7 Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti
e a tua descendência no decurso das gerações, aliança pérpetua, para ser o teu
Deus e da tua descendência.
Salmo 127.3 Herança do Senhor
são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.
Estes versículos, e dezenas de outros, nos ensinam que os
nossos filhos além de pertencerem ao Senhor, são partícipes de uma aliança
eterna com o Deus Criador, e como tais devem ser instruídos.
Iluminados por estas verdades devemos ter a consciência de
que a nossa grande responsabilidade, o nosso maior legado para com os filhos é
a fé verdadeira, e a consciência de que eles fazem parte de um Pacto Eterno
estabelecido pelo próprio Deus, e descrito em Sua Santa Palavra.
Assim, é mister que cada família instrua desde cedo seus
pequenos nos caminhos do Senhor para que quando eles cresçam não se desviem (Provérbios 22.6). Essa instrução deve
começar nos lares e caracterizar nosso quotidiano (Deuteronomio 6.7; 11.19; 2 Timóteo 3.15). No cumprimento desta
tarefa, os pais devem evangelizar os filhos e ensiná-los desde cedo pelo
exemplo, palavras e ações, o amor ao Senhor e à Sua Palavra, bem como o cultivo
da vida cristã no exercicio da comunhão com os santos. Os nossos filhos são herdeiros de benditas
promessas, mas nascem pecadores, membros de uma raça caída, manchada pelo
pecado, e precisam conhecer o nosso Salvador, e confessar a Fé cristã, que não
se transmite por osmose, mas mediante ensino sólido.
Não podemos negligenciar o cuidado com os pequenos, nem sua
instrução, e em todas as circunstâncias devemos referir porções da Bíblia
Sagrada, para inculcá-la em nosso filhos e filhas (Deuteronômio 6.7).
Como pais, e familiares, temos o dever sagrado de trazê-los
para o convivio com a Igreja do Senhor, quando ela se reune atendendo à Santa
Convocação (Êxodo 12.16; Êxodo 20.8;
Levítico 23.3, 7; entre outros), que é mandamento do Senhor, bem como em
outras oportunidades como a Escola Bíblica Dominical, Sociedades Internas e
Pequenos grupos.
Nossa Igreja conta com um Departamento Infantil bem
organizado, e somos gratos ao Senhor pela equipe liderada abnegadamente por
Halisson e Mislene, mas não podemos esquecer que é dever primeiro dos pais, e
das familias, instruir as crianças na Fé cristã, e que esta tarefa não pode ser
negligenciada, ou terceirizada sob nenhum pretexto.
Se desejamos filhas e filhos integrados e comprometidos com o
Senhor e com Sua Igreja, precisamos começar desde cedo a mostrar, pelo exemplo,
o valor que damos à Igreja (Sociedades Domésticas, Pequenos Grupos, Escola
Dominical), e a seriedade do compromisso em atender às Santas Convocações para
aos Cultos Solenes, quando a Igreja se reúne no Dia do Senhor, para cultuá-lo como
ele ordenou. O Dia do Senhor deve ser amado, aguardado, celebrado, e deve gerar
em nós expectativa e preparação.
Sendo zelosos, teremos o privilégio de ver a nossa
descendência servindo ao Senhor, e prosseguindo a marcha gloriosa que
aprendemos com nossos pais, e que eles precisam aprender de nós.
Se negligenciarmos este dever, e não honrarmos os
compromissos que temos como membros da Igreja, e quebrarmos os mandamentos do
Senhor, corremos o sério risco de ver nossos filhos desviados dos santos caminhos
do Senhor, atraindo sobre si,e sobre nós o juízo, do Supremo Juiz.
Os filho da Aliança devem ser amados, instruidos, e trazidos
à Casa do Senhor. Pais que não trazem com alegria seus pequenos ao Templo, por
eles mesmos negligenciarem seus deveres, correm o sério risco de voltarem mais
tarde chorando por adolescentes, jovens e adultos desviados. Nada justifica
negligenciarmos os filhos da Aliança que o Senhor nos confiou!
Que o Senhor nos conceda diligência e sabedoria no trato com
os filhos, e os menores sob nossa guarda.
Ad majorem Dei gloriam!
(Públicado no
Boletim Dominical da Igreja Presbiteriana Memorial em 09 de outubro de 2016)