O Apóstolo Paulo recomendou a Timóteo que pregasse a palavra diante do
justo juiz, preparado em todo o tempo ministrando com moderação. A recomendação
estende-se a todos os cristãos e cristãs.
Prega
a Palavra
1. NA PRESENÇA DO JUSTO JUIZ v.1
Diariamente somos julgados, e precisamos resgatar
a percepção de Deus como Juiz (Sl. 96.13; 98.9; 1 Pd. 4.5, entre outros). Os critérios de Deus são
estabelecidos pela sua justiça e fidelidade.
Prega
a Palavra
2. PREPARADO EM TODO O TEMPO v.2-4
A expressão κήρυξον τον λόγον traduzida por “Que pregues a palavra”, às vezes é reduzida à evangelização, mas a ideia é mais
ampla: “instes a
tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade
e doutrina.”
Para o ministério cristão exige-se preparo (2
Tm. 2.15). Em todo o tempo com
ações concretas, alcançando o ensino doutrinário, que não deve ser regulado pelas
preferências populares (v. 3, 4), correção e exortação fazem parte do ministério. Vivemos
dias em que as pessoas não suportam mais a Sã Doutrina (v.3).
Prega a
Palavra
3. CUMPRINDO O MINISTÉRIO COM MODERAÇÃO v. 5
O ensino paulino: 5Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as
aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. Está em sintonia com as palavras de Jesus
Cristo (Jo. 16.33), e na contramão dos falsos profetas daqueles
dias e da atualidade.
A história está repleta de narrativas que revelam os sofrimentos
suportados pelos servos de Deus. Os profetas do AT (Lc. 13.34); Estevão (At. 6 e 7); João Crisóstomo; John Huss; e ainda Jean du
Bourdel, Matthieu Verneil e Pierre Bourdon, os mártires calvinistas do Brasil que
no dia 9 de fevereiro de 1558 foram estrangulados e lançados ao mar.
Apesar dos sofrimentos precisamos cumprir o Ministério que nos foi
confiado. Somos enviados a anunciar as boas novas do Evangelho suportando os
sofrimentos, em um mundo secularizado, materialista e pluralista, Cumprindo o
Ministério com moderação.
Somente pregando a palavra diante de Deus estamos preparados para
ministrar em todo o tempo com moderação.
Soli Deo Gloria!
(Artigo publicado no Boletim da Igreja Presbiteriana Memorial, em 26 Ago. 2012)